Norte e Nordeste potências econômicas 

Como ir além dos Estereótipos: Norte e Nordeste do Brasil? Para muitos, a região Norte e Nordeste são a mesma coisa, mas será mesmo? Muitos acreditam que na região amazônica há apenas a floresta, indígenas e quase nenhum desenvolvimento (essa por si só, uma discussão ampla. Pois, quem disse que o ”homem branco” é melhor que o indigena? quem disse que a cultura indígena deve ser vista como uma cultura de segunda classe e inferior? Não, isso não é militância, é apenas um questionamento para refletirmos) .

Quando pensamos no Nordeste, logo vem a imaginação a imagem de pessoas que vivem em casas de barro, no meio da seca e da pobreza, sem qualquer perspectiva de desenvolvimento. A realidade é muito mais complexa, com grandes centros urbanos, essas regiões possuem economias diversificadas, cultura e gastronomia fortes e muitas oportunidades de negócios. A cada ano, suas economias se desenvolvem mais e contribuem fortemente para o PIB brasileiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, juntas, ambas as regiões contribuíram com cerca de 21% do PIB do país.

A grande diversidade cultural reflete uma variedade única de heranças indígenas, africanas e europeias. Festivais, gastronomia, música e artesanato são manifestações vivas dessa diversidade cultural, que enriquecem não apenas as próprias regiões, mas todo o Brasil. Desafiar estereótipos sobre o Norte e o Nordeste do Brasil é essencial para reconhecer a complexidade e diversidade que compõem essas regiões. Por isso, é preciso reconhecer que possuem um potencial significativo de desenvolvimento econômico e social. Valorizar essa diversidade é fundamental para promover uma visão mais precisa e justa dessas importantes partes que compõem o país.

A Região Amazônica Além das Florestas e Indígenas

Um dos equívocos mais comuns é pensar na Amazônia como apenas uma vasta floresta habitada por comunidades ribeirinhas e indígenas. Embora a floresta seja uma parte importante da Amazônia, essa região também abriga centros urbanos dinâmicos, como Manaus, impulsionados pela indústria e comércio resultado da Zona Franca. O desenvolvimento econômico na Amazônia não se limita à exploração de recursos naturais; há uma crescente diversificação econômica, incluindo setores como tecnologia, turismo sustentável e agricultura. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022 a população da região norte composta por: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins possuía cerca de 17 milhões de habitantes.

Belém, por exemplo, é um destaque na Amazônia e a única cidade da região a obter o selo de Gastronomia Criativa da UNESCO. O Brasil possui quatro cidades com esse reconhecimento: Florianópolis, Parati, Belo Horizonte e Belém. A capital paraense tem uma das culinárias mais ricas e originais do país, com raízes indígenas e influências portuguesa e africana. Os sabores do Pará atraem cada vez mais profissionais da gastronomia que visitam o Estado vindos de todos os cantos do Brasil e do mundo em busca de novas idéias, encantados pelo açaí, tacacá, tucupi, jambu e maniçoba, saem do Pará renovados e com muitas idéias e seduzidos pela comida única que só pode ser encontrada na região.

Esse reconhecimento internacional ressalta a importância cultural e gastronômica de Belém, mostrando que a Amazônia é muito mais do que apenas sua paisagem natural. Não é por acaso, que Belém receberá a COP30, em 2025, a cidade de 408 anos, está com obras de infraestrutura a todo vapor.

Nordeste: Mais que Seca e Casas de Barro

Composto por Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe o Nordeste é uma das regiões mais ricas e influentes do Brasil. Porém, quando se fala no Nordeste, a imagem predominante é a de uma região castigada pela seca, onde as pessoas vivem em casas de barro e enfrentam condições de vida de extrema pobreza. No entanto, essa visão ignora o progresso de desenvolvimento significativo que tem ocorrido na região. Grandes cidades como Salvador, Recife e Fortaleza são centros urbanos importantes, com uma infraestrutura desenvolvida, setores industriais robustos e uma cultura rica e diversificada.

Além disso, o Nordeste é um importante polo agrícola, contribuindo significativamente para a economia do país. Fortaleza, no Ceará, tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) da Região. Dados de 2021, publicados em 2023 pelo (IBGE), colocam a capital em 8º lugar dentre as capitais brasileiras que mais contribuem com o PIB do país. Esse fato pode ser confirmado pelo número crescente de feiras de negócios que têm acontecido na cidade. Mas esse é um assunto para nosso próximo post, em que falaremos de algumas das principais feiras de negócios da região e das oportunidades e vantagens de acessar os mercados do Norte e Nordeste do Brasil.

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